"- Eu sinto sua falta. - ele disse, me olhando nos olhos enquanto eu sorria e olhava para baixo balançando negativamente a cabeça.
- Não, não sente não. - eu disse com uma risada e ele meio que fechou a cara.
- Você não tem como saber.
- Ah, tenho sim. - peguei sua mão cuidadosamente, com um sorriso, e coloquei-a em meu peito, onde meu coração batia desesperado só pela consciência de seus olhos nos meus, de sua mão delicadamente em minha pele e de sua voz assim tão de perto. Tão alto que eu temia que ele pudesse, agora além de sentir, escutar.
E então coloquei também a minha mão em seu peito calmo, onde seu coração batia sereno e protegido dos males do amor.
Eu bem que não queria, mas meus olhos já estavam cheios de lágrimas antes mesmo de falar.
- Isso não é amor, meu querido, é querer. Querer bem. Sinta a diferença, já que não adianta falar.
São bem parecidos mesmo, entendo sua confusão, mas ainda assim são completamente diferentes.
Pode existir querer bem sem amor... o que não pode existir é amor sem querer bem."
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